Aprenda a importância da diversificação para seus investimentos

Diversificar a carteira de investimento é algo que pode ajudar muito o investidor a conquistar metas e alcançar objetivos.
Aprenda a importância da diversificação para seus investimentos
Oliver Imhof

Oliver Imhof

Publicado em: 03/04/2022

Mas diferente do que muitos pensam, comprar diferentes ativos e ir deixando todos na carteira, não é bem diversificado.

Na verdade, diversificar uma carteira é algo muito mais profundo. Ao diversificar, o investidor deverá analisar os ativos que vão compor o portfólio, além de balancear os investimentos conforme o mercado vai se alterando e conforme a carteira vai performando.

Ao conseguir conciliar todos esses pontos, o investidor terá uma boa carteira diversificada e uma boa estratégia traçada.

Nesse artigo, você vai aprender a importância da diversificação para seus investimentos. Se você possui curiosidade sobre o tema, acompanhe o nosso artigo e conheça mais sobre diversificação.

Reduza a volatilidade

Um dos grandes medos dos investidores ao comprar ativos de renda variável é o sobe e desce do mercado. Mas ao diversificar a carteira, essa volatilidade é reduzida. Dependendo da diversificação, a redução é drástica.

Tudo vai depender de alguns fatores, dentre eles a composição da carteira. Ao contar com mais ativos de renda fixa, atrelados a indicadores, como o CDI (taxa do certificado de depósito interbancário), a carteira ficará mais estável, mas não entregará grandes rendimentos ao investidor.

Pelo menos, os ganhos ficarão mais compatíveis com a média do mercado. Já uma composição onde haja um equilíbrio maior entre renda fixa e renda variável podem acabar aumentando a volatilidade da carteira, mas, gerando retornos mais interessantes no longo prazo.

Para definir a melhor composição, ou pelo menos, aquela mais compatível com o investidor, o mesmo terá que identificar qual é o perfil.

Perfil do investidor e diversificação

O perfil do investidor vai ajudar na construção da carteira, uma vez que através do resultado desta análise, o investidor será capaz de identificar qual será a melhor composição da carteira.

Por exemplo: um investidor muito conservador, não vai querer ver a carteira caindo muito. Valorização todos gostam, mas quando existe desvalorização, as coisas se tornam um pouco mais complexas.

Nesse sentido, uma carteira com 90% de renda fixa e 10% de renda variável, é uma solução plausível.

Vale destacar que o investidor ainda terá que ficar atento aos ativos dentro de cada um dos grupos de investimentos.

Por exemplo: contar com 90% do patrimônio alocado em produtos de renda fixa, não significa que qualquer investimento de renda fixa seja uma solução.

No caso de um investidor conservador, a construção da carteira vai depender muito de produtos de renda fixa pós-fixados, ou seja, investimentos que não sofram muito com a volatilidade do mercado.

Produtos prefixados de renda fixa, como as letras do Tesouro IPCA ou Prefixado, podem acabar tendo um efeito mais nocivo à carteira, gerando maior volatilidade, fato que não seria interessante para um investidor conservador.

Os investidores de perfil mais moderado tendem a ter uma tolerância maior com relação a volatilidade.

Em outras palavras, os moderados conseguem manter uma parcela maior do patrimônio na renda variável.

Esses investidores podem dividir a carteira em 80% a 70% em renda fixa e 20% a 30% em renda variável.

Por fim, temos os investidores mais arrojados. Os arrojados conseguem suportar um nível de risco maior e visam o longo prazo em seus investimentos, sem expectativas claras para resgate em prazos curtos, ou até de cinco anos para mais, por exemplo.

Observando isso, a composição da carteira pode ficar em até 50% em renda fixa e 50% em renda variável.

Ao diversificar a carteira dessa forma, a volatilidade da mesma será grande. Em momentos mais complexos da economia mundial e até nacional, os resultados da carteira podem ser bem mistos. Por outro lado, contando com uma parcela maior em renda variável, momentos de valorização da bolsa, podem resultar em fortes resultados positivos.

Ganhos acima da média

Ao focar as atenções em somente ativos de renda fixa pós-fixados, como os CDBs dos grandes bancos, que normalmente pagam 100% do CDI, ou em letras do Tesouro Selic, o investidor vai ganhar a média do mercado.

A média é algo próxima à taxa Selic, ou ao CDI (que atualmente estão em 11,75% e 11,65% respectivamente).

A rentabilidade atual é muito boa, mas não entrega o potencial desejado por muitos investidores. Ao poupar e investir os recursos, as pessoas buscam rentabilidades maiores, ganhos fortes suficientes para mudar a vida da pessoa.

Para isso, é preciso incluir dentro da carteira ativos de renda variável, principalmente referente ao mercado de ações.

Visto isso, ativos como ETF e fundos que seguem índices são as melhores opções. Por exemplo: Nos últimos cinco anos o Ibovespa registrou alta de 88,21%, o S&P 500, ganhos superiores a 92%, já o CDI registrou alta de 32,25%.

Essa diferença por si só, já resultaria em uma tomada de decisão onde o investidor buscaria o investimento e só ativos ligados à bolsa, correto? Mas assim, em momentos de forte volatilidade, como o ano de 2021, os investidores amargaram grandes prejuízos.

Em 2021, por exemplo, a bolsa brasileira caiu mais de 11%, por isso, é importante manter a parcela do patrimônio na renda fixa.

Conclusão

A diversificação é muito importante porque a concentração dos recursos em um só ativo ou em poucos, podem gerar perdas e até volatilidade à carteira.

Vamos supor que o investidor coloque todos os seus recursos em um CDB de banco pequeno. Se esse banco falir, o que acontece? É possível que haja o FGC
para garantir os valores? Sim, mas quanto tempo vai levar para recuperar a quantia? Tudo isso deve ser levado em consideração.

História similar pode acontecer caso o investidor coloque todos os seus recursos em uma única ação, ou índice. Ocorrendo uma queda no mercado, os valores vão se depreciar e não existe certeza com relação a uma eventual recuperação.

Por isso, é fundamental diversificar os investimentos avaliando o perfil do investidor.


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