Guia Proventos: o que são proventos e quais os tipos de proventos?

Ao investir na renda variável, mais especificamente em ações e fundos imobiliários, o investidor, provavelmente receberá algum tipo de provento. Você sabe o que são proventos?
Guia Proventos: o que são proventos e quais os tipos de proventos?
Oliver Imhof

Oliver Imhof

Publicado em: 31/12/2021

Com os proventos em mãos, o investidor tem grandes chances de construir renda e, assim, há possibilidade de viver dos seus investimentos. 

Quer saber mais sobre os proventos? Acompanhe o nosso artigo e conheça tudo sobre como conseguir renda por meio dos investimentos.

Definição de Proventos

Provento é uma palavra utilizada para classificar aquilo que recebemos de algum investimento. O provento nada mais é do que um ganho, vantagem ou recebimento referente a um investimento.

Dentro dessa classificação, há alguns ganhos que podem ser considerados proventos, dentre eles existem:

  • Dividendos

  • Rendimentos

  • Juros sobre capital próprio

Os três tipos de proventos estão presentes em vários investimentos, desde a renda fixa até a renda variável, mas é na renda variável que eles mais aparecem. Vamos conhecer melhor cada um deles.

Dividendos

Quando uma empresa possui reserva de lucros, ela tem direito a fazer uma distribuição de lucros, ou pagar dividendos aos seus acionistas.

No Brasil, a distribuição de lucros é isenta de Imposto de Renda, sendo uma das formas mais comuns de os empresários receberem parte de seus rendimentos.

Na Bolsa as coisas não são tão diferentes. Pensando no custo tributário, os dividendos são a forma mais econômica de pagar aos acionistas parte dos lucros.

Como os dividendos são associados a empresas, são nas ações que os investidores vão encontrar os dividendos. 

Sendo que os dividendos são pagos conforme decisão da empresa e dos sócios. Não há uma previsibilidade com relação aos pagamentos.

Existem poucas empresas que conseguem realizar distribuições mensais, ou periódicas, com algum grau de previsibilidade. Por ser algo associado ao resultado da empresa, às vezes, empresas que possuem bom histórico de boa pagadora passam por problemas e precisam reter parte dos lucros no caixa.

De qualquer forma, investir em ações focando no recebimento de dividendos é uma estratégia válida que muitos investidores colocam em prática.

Rendimentos

Os rendimentos existem em diversos investimentos, desde a renda fixa até na renda variável. O rendimento auferido pelo CDB, LCI e LCA é fixo, uma vez que o investidor conhece o rendimento antes mesmo de aplicar os recursos.

A rentabilidade pode ser feita mediante o CDI, IPCA, juros prefixados entre outras formas. Já na renda variável, o principal investimento que oferece rendimentos são os fundos imobiliários.

No caso dos FIIs, os rendimentos funcionam de forma similar às ações, porém, aqui não há distribuições de lucros, ou os dividendos em si, mas são pagamentos que por vezes são originados por meio dos recebimentos de aluguéis ou de vendas de imóveis.

Diferente do que acontece com as ações, onde as distribuições ou dividendos estão vinculados aos resultados das empresas, sendo mais difícil ter uma previsibilidade, os fundos conseguem gerar essa previsibilidade por contar com uma estrutura enxuta e o foco maior em aluguéis.

Existem vários tipos de FIIs, inclusive que investem em papéis com lastro em imóveis ou em cotas de outros imóveis, além, é claro, dos FIIs que investem diretamente em imóveis.

Todos esses fundos possuem certo grau de previsibilidade com relação às suas receitas, uma vez que o foco do fundo é o rendimento proveniente das transações imobiliárias.

Mais recentemente surgiram os FIAGROs, ou fundos do agronegócio. Esses fundos têm certas características similares aos fundos imobiliários, como é o caso de serem negociados em Bolsa.

Os FIAGROs também têm semelhanças junto aos FIIs, com relação aos seus rendimentos, uma vez que há ganhos referentes aos FIAGROs provenientes da locação de terras.

Juros sobre capital próprio

Os juros sobre capital próprio são um provento semelhante aos dividendos, mas tem algumas diferenças, dentre elas a cobrança de Imposto de Renda na fonte.

Ao pagar dividendos, a empresa não retém Imposto de Renda e os investidores não precisam recolher a guia de imposto também.

Já nos juros sobre capital próprio, os recursos são retidos na fonte. Mas porque as empresas fazem o juro sobre capital próprio?

Para as empresas, existe a possibilidade de pagar menos impostos. Ao fazer os juros sobre capital próprio, a companhia acaba se beneficiando, pagando menos impostos. 

Conclusão

Se você procura por formas de construir uma renda extra, há diversos meios para conseguir isso.

Tanto na renda fixa quanto na renda variável, há formas e investimentos para construir uma renda extra e, quem sabe, uma aposentadoria com previsibilidade e segurança.

Praticamente todos os investimentos entregam algum tipo de provento, seja ele por meio de dividendos, rendimentos ou dos juros sobre capital próprio.

Aqueles que pagam dividendos, como as ações, têm uma probabilidade maior de crescer em pagamentos e em valorização do papel.

Dentre todos os investimentos, aqueles com maior potencial de crescer os proventos e se valorizarem no mercado, são as ações. Os negócios são escaláveis e muitos geram lucros crescentes.

Mesmo sendo mais arriscado, o investimento em ações tem suas vantagens. Depois temos os fundos imobiliários, os papéis de renda fixa e até os FIAGROs.

Os rendimentos provenientes desses investimentos não têm um grau de valorização tão elevado quanto nas ações, mas eles contam com maior previsibilidade.

Na hora de construir uma boa carteira, focada em renda, os investimentos em produtos que entregam bons rendimentos são essenciais para fornecer um pouco mais de previsibilidade e segurança.

Por fim, temos os juros sobre capital próprio, uma modalidade de pagamentos que traz benefícios às empresas (com uma redução de impostos) e para os investidores, os juros são interessantes, mesmo com a retenção de IR na fonte, o provento é muito bem vindo.


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