Conheça os principais tipos de fundos imobiliários

Um dos ativos que mais gera renda aos seus investidores são os fundos imobiliários. Os FII estão registrando ótima rentabilidade atualmente, boa parte devido a influência do juro elevado.
Conheça os principais tipos de fundos imobiliários
Oliver Imhof

Oliver Imhof

Publicado em: 07/04/2022

Com o juro alto, o dinheiro que estava na renda variável foi para a renda fixa, fato que influenciou na desvalorização de alguns ativos. Só em 2021, o IFIX (principal índice de fundos imobiliários da bolsa de valores) registrou queda de 1,74%.

A fuga de capital e a desvalorização das cotas deixaram muitos FIIs atraentes aos investidores. Atualmente, há diversos fundos rendendo mais de 1% ao mês em distribuições.

Fato que pode ajudar muito aqueles que procuram construir novas fontes de renda. Nesse artigo, vamos conhecer os principais tipos de fundos imobiliários.

Fundos de tijolo

Os fundos de tijolo são aqueles onde o fundo faz o investimento direto em imóveis. Existem inúmeros exemplos de fundos assim. Um deles é BRCR11.

BRCR11 é um fundo administrado pelo BTG Pactual e possui em sua carteira, participação em diferentes imóveis.

Essas propriedades estão localizadas entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A estratégia por traz do investimento direto em imóveis é:

  • Ganhar dinheiro com os aluguéis;
  • Ganhar dinheiro com uma possível venda;

A ideia que permeia os fundos imobiliários é basicamente a mesma que influencia as pessoas a comprarem imóveis: ganhar dinheiro com a valorização ou com o aluguel.

Porém, com os fundos imobiliários o valor de investimento é muito menor (em comparação ao investimento comum em imóveis), a pessoa pode começar a investir com aproximadamente R$ 100,00. Outra vantagem está baseada nos custos e na burocracia, que por vezes são inexistentes no mercado de FII.

Há vários outros fundos imobiliários semelhantes ao BRCR11, como é o caso de KNRI11, HGRE11.

Esses fundos, em suma, possuem o foco em lajes corporativas, ou escritórios. Dentro ainda dos fundos de tijolo, há outros segmentos, como é o caso dos fundos que investem em;

  • Galpões Logísticos
  • Shopping Centers

Há também outros segmentos, menores, como é o caso dos fundos que investem em propriedades de ensino (como faculdades e colégios), hospitais e prosperidades voltadas para a área de saúde, ou fundos que possuem participação
em agências bancárias e demais instituições financeiras.

Todos esses segmentos também estão inclusos nos fundos de tijolo e merecem a atenção do investidor.

Por exemplo; durante os momentos mais tensos da pandemia da COVID-19, os
shopping centers foram duramente prejudicados, fato que refletiu na queda dos
rendimentos oferecidos por tais FIIs, além da desvalorização das cotas.

Já os fundos que possuem foco em galpões logísticos, acabaram mostrando mais resiliência ao cenário desafiador.

Observando tais efeitos, é importante ficar atento aos tipos de fundos e as influências que a economia e o cenário global podem ter sobre a performance dos FIIs.

Fundos que investem em títulos, como CRI e LCI

Os fundos que investem em CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e LCI (Letras de Crédito Imobiliário) vêm gerando os melhores retornos atualmente.

Com a taxa Selic em 11,75% e havendo grandes chances da taxa de juro alcançar os 12,75% ainda em maio, os fundos que investem em CRI e LCI, vem gerando
retornos acima dos 1% ao mês.

KNIP11, fundo imobiliário administrado pela KINEA, vem registrando nos últimos meses rendimentos que rondam a casa dos 1,3% ao mês.

Outro FII que segue estratégia similar e também possui bons rendimentos é DEVA11. O FII nos últimos meses vem gerando rendimentos de 1,2% aproximadamente.

Há ainda outros fundos semelhantes, como: VRTA11, KNCR11, CPTS11, IRDM11 dentre outros.

Vale destacar que os fundos que investem em CRI e LCI, normalmente são mais estáveis com relação ao valor de mercado.

Portanto, em momentos de valorização do mercado, normalmente os FII que
investem diretamente em imóveis registram maiores oscilações. Os fundos que
investem em CRI e LCI ficam mais “estáveis”.

Fundos de fundos

Por fim temos o último tipo de fundo imobiliário, os fundos de fundos. Esse tipo é muito interessante para os investidores que estão começando no mercado ou que não possuem muito conhecimento sobre a área imobiliária.

Por se tratar de um assunto um tanto complexo, às vezes, é melhor deixar o dinheiro investido em um bom fundo de fundo.

Como o próprio nome diz, o fundo de fundo nada mais é do que um fundo que administra uma carteira repleta de cotas de outros fundos.

Desse modo, os cotistas do FOF deixam a cargo do gestor os investimentos e eventuais alterações na carteira.

Além de ficar mais tranquilo com uma administração profissional, o investidor não esquenta a cabeça com a tributação em caso de venda com lucro, por exemplo.

É bom destacar que ao vender cotas de FII com lucro, o cotista terá que tributar os ganhos em 20% de imposto de renda.

Ou seja, se um investidor registrar um lucro de R$ 1.000,00 com a venda de cotas de FII, será preciso recolher R$ 400,00 de IR sobre os ganhos.

Atualmente os fundos de fundos possuem boa rentabilidade, mas nada perto dos ganhos oferecidos pelos fundos que investem em CRI e LCI.

BCFF11 é um ótimo exemplo e fundo de fundo. O mesmo hoje vem registrando rentabilidade próxima dos 0,8% ao mês. Outro exemplo é HFOF11 que vem gerando
retorno perto dos 0,8% e BCIA11 com rentabilidade de 0,83% ao mês.

Conclusão

O mercado de FIIs no Brasil tem, praticamente, três tipos de FIIs: os que investem diretamente em imóveis, aqueles que investem em CRI e LCI, além dos fundos de fundos.

Os fundos de tijolo são aqueles que podem entregar as melhores performances quando o assunto é valorização.

Por se tratar de fundos que investem diretamente em imóveis, os ganhos com a valorização das propriedades, além do lucro com possíveis vendas, vão influenciar de forma positiva no resultado do FII e de suas cotas no mercado.

O lado negativo fica por conta da dificuldade de conseguir encontrar um FII que vai gerar os tais ganhos. Para isso, o investidor terá que fazer uma boa análise sobre o fundo em questão.

Os fundos de fundos aparecem como uma opção para aqueles que buscam a renda, mas não querem, ou não possuem conhecimento para analisar os FIIs. Ao
comprar o fundo de fundo, o investidor deixa a gestão por conta do fundo.

Por último temos os fundos que investem em CRI e LCI. No momento, esses fundos são aqueles que melhor remuneram seus cotistas e não registram tanta volatilidade em suas cotas. 


Este conteúdo faz parte da missão da Felix na Bolsa de facilitar a vida dos investidores. Clique aqui para conhecer a nossa plataforma.

© 2024 Felix na Bolsa